O [novo] quarto da Caetana

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A Caetana tinha todo um quarto fofinho e montado.. para um bebé recém-nascido! Tinha sido montado durante a gravidez.
Caetana nasceu e o quarto pouco foi usado. Dorme conosco, muda fraldas em cima da nossa cama [numa manta que está ao fundo da cama], brincava no nosso quarto, na sala e na cozinha. E o quarto dela ali estava, montadinho mas de porta fechada.

Quando a Caetana tinha 9 meses comprámos um parque – ou cama de viagem, como queiram chamar – mas já veio tarde e também tinha pouco uso. A ideia era deixar a Caetana, principalmente de manhã, quando o pai não está em casa e eu preciso de me vestir, ir à cozinha fazer o pequeno almoço, passar na casa de banho para a minha higiene diária.
Mas, com 9 meses ela já não se queria sentir presa. Não andava mas queria estar no chão, livre e perto do Óscar.
O parque foi ficando, uma ou outra vez ela aceitou beber lá o leite da manhã – e eu saía logo para a cozinha – entretanto acabava o leite e ficava distraída com os brinquedos que estavam lá dentro e eu passava pelo WC antes de ela me voltar a ver no quarto e querer desesperadamente sair para o chão.

Chegou o momento de mudar!

No nosso quarto, cortámos a rede do parque e tem tido muito mais utilidade. Agora, Caetana e Óscar entram e saem quando bem lhes apetece! Até nós cabemos lá, sentados com ela.

Era fechado, assim:

O pai cortou a rede de um lado:

E ficou assim, aberto do lado de fora:

Quanto ao quarto da Caetana, por falta de uso, começou a acumular tralhas, estava quase uma arrecadação até levar uma reviravolta.
A mudança foi tal que percebemos que, afinal, a Caetana não tinha quarto. Havia uma divisão da casa com uma cama de grades, um carro a bateria estacionado e um cavalo de baloiço que ficava ali arrumado mas era utilizado na sala.
O quarto ficou de tal forma vazio que até fazia eco.
Faltava ali qualquer coisa. E tinha de ser algo que não servisse apenas para uma criança pequenina. A Caetana vai crescer e, quanto mais durar a mobília, melhor. Mas tinha de ser do tamanho dela.
Numa rápida pesquisa na internet apareceram-nos imagens de uma estante assim:

Ideal! Mobília do tamanho dela, para promover a sua autonomia.
A ideia é que esteja tudo ao seu alcance, para ela poder ver, escolher e ganhar hábitos de arrumação!
E assim foi. Ficou organizado com:

Livros e jogos de encaixe
A árvore de Natal que está por cima também é um livro.
Lego também por cima porque ainda é cedo e Caetana só brinca com os respetivos animais e menino, que colocamos ao seu alcance.

Instrumentos musicais, tecnologias e cesto de bolas:
Os telemóveis menos novos, que funcionam e lhe emprestamos para jogar/ ver vídeos/ ouvir música, permanecem fora do quarto dela. Estes 2 estragados servem só e apenas de brinquedo e ficam lá.
O frasco branco era um chá de ervas herbalife. Agora tem arroz dentro, daí estar junto aos instrumentos musicais.

Peluches na cama:
Se desmontamos a cama fica ainda mais difícil de arrumar.

Carro a bateria:
Estacionado para Caetana entrar e sair, algo que faz várias vezes. É possível verificar que até já escolheu o motorista.

Mini mesa de atividades e cavalinho de baloiço

Cadeirão para a vermos brincar:
O móvel ao lado tem molduras, quando colocar fotografias mostro em condições.

Caixa onde a Caetana gosta de se sentar

Agora sim, Caetana tem um quarto adequado ao seu nível de desenvolvimento e vamos incentivar a que brinque lá.
Continuam alguns brinquedos na caixa da sala. A ideia é, daqui a algum tempo, trocar com alguns destes, para haver rotatividade de brinquedos.
Claro que a organização só vai existir quando nós voltarmos a arrumar desta forma. Mas Caetana vai ser incentivada a criar hábitos de arrumação. Se ela colocar livros deitados com o xilofone por cima tudo bem, desde que esteja tudo na estante!
Interessa-me que o quarto seja desarrumado mas fiquei arrumado todos os dias – pela Caetana – no máximo antes de ir dormir.
Não preciso que esteja organizado, esse conceito será trabalhado daqui a algum tempo, não agora.
E precisava de ter os brinquedos assim, arrumados mas todos visíveis.
Todos sabemos que dentro de caixas isso não acontece. Estão todos no mesmo sítio, mas a criança não os vê e acaba por escolher apenas os que consegue ver.

Ainda falta muita coisa, o próximo passo é selecionar brinquedos/ acessórios e falar com a família. O Natal está a chegar e não há necessidade de comprarem brinquedos sem utilidade, podendo oferecer algo que realmente enriquece o seu espaço com objetivos, e não apenas mais uma ‘tralha’ idêntica ao que já tem.
Lembro-me bem da felicidade dos meus primos pequeninos ao receberem exatamente o que tinham escrito na Carta ao Pai Natal. Avós e tios davam o dinheiro aos pais, que sabiam quais as suas personagens preferidas. Neste caso [ainda] não se trata só de preferências. Trata-se, essencialmente, das necessidades de desenvolvimento que faltam proporcionar no seu quarto, consoante gostos e brincadeiras que a Caetana vai tendo com objetos do quotidiano.
E faltam, para ontem, as tintas laváveis, que vou encomendar ainda hoje, porque não podem esperar pelo Natal.

Carolina Valente Pereira

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