A responsabilidade e a doença!
O H andou [e anda] com dores. Como diz a minha prima, tem aquela doença dos homens. Não, não é uma doença só de homens, o H anda [ou andou, não sei bem] hipocondríaco!
Só assim se explica que, de há uns tempos para cá, esteja sempre aflito e, pior, com medo de ter uma doença grave e morrer, antes mesmo de conhecer a filha – prevista para nascer daqui a 5 semanas.
Quando o conheci ‘nunca’ estava doente. Por vezes tinha dores, mas só se queixava quando se tornavam insuportáveis [e já doíam há vários dias].
Desde que engravidei começou a ter algumas dores. Quanto mais a gravidez se aproxima do final, mais dores / caroços ele tem.
Na semana passada apareceu-lhe um ‘caroço’ na garganta e, por não lhe doer, ficou em pânico. O meu tio é otorrino, assim que lhe apalpou a garganta percebeu que, graças a Deus, o que ele sentia não era nenhum caroço mas sim a formação normal da garganta [o meu tio explicou com nomes, eu é que não os sei].
Eu percebo que tudo isto esteja associado à gravidez e ao stress da responsabilidade que se aproxima. No entanto acho que ele não está a fazer bem as contas.
O que é que as contas têm a ver com o assunto? Tudo!
O principal problema do H é morrer e não ficar cá para governar a filha [porque as restantes responsabilidades não o assustam, e ainda bem].
Ok, um filho é uma despesa mas bolas, há gente com bem menos que nós que tem filhos e nada lhes falta!
Nós até somos daqueles casais que tem noção de que educar não é dar prendas a toda a hora!
Mas bom, entretanto anda melhor. Tirou uns dias para ficar a descansar as costas e, aparentemente a situação está mais controlada.
Foi também a um médico de clínica geral que lhe receitou uns medicamentos e a um ortopedista que lhe passou um Raio-X e uma TAC – ficaram ambos agendados para agosto, por não ser possível fazer antes.
A TAC tem por finalidade o despiste de uma hérnia discal [um dos seus medos], mas depois do possível ‘diagnóstico’, a minha mãe referiu uma data de pessoas que também as têm, não foram operadas e continuam as suas vidas.
Não sei se foram essas histórias ou o simples facto de ter percebido que o seu estado psicológico estava a influenciar muito as dores [até porque o médico de clínica geral também referiu que o stress ajuda a que os nervos das costas se contraiam e doam] mas mudou de atitude e ficou mais animado.
Ontem já foi trabalhar e chegou a casa com uma alma nova [graças a Deus].
Vamos ver o que nos reservam os próximos episódios.
E as mamãs desse lado, também têm ou conhecem alguma história deste género? Contem-me as vossas histórias!